terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Cesto x Sexto

Uma sonoridade, duas palavras vários significados.
Quando comecei a escrever achei que não faria sentido para os leitores, confrontar os significados de duas palavras tão inexpressivas, mas a mim pareceu a fórmula perfeita para expor a minha impressão sobre o sexto período.
Entre os significados da palavra cesto, refiro-me ao que faz menção a um cinto da poderosa deusa mitológica Vênus. De acordo com o mito o cinto concedia a quem o usasse todas as graças, desejos e atrativos.
Na Academia aprendi a usar uma ferramenta semelhante ao cinto mágico, se trata de algo que aprendemos a fazer muito cedo, mas só aperfeiçoamos no ambiente universitário, o diálogo. E durante o percurso até agora percorrido usamos exaustivamente o diálogo para expor nossos pontos de vista, defender nossas posições, mas, sobretudo para argumentar.
O sexto período, no entanto, foi marcado pela ausência quase absoluta de diálogos, com os colegas de equipe, com os demais colegas, com os professores, enfim o que prevaleceu foi a resignação, o mutismo e a frustração.
Como consequência, percebo que me tornei uma pessoa extremamente técnica e irremediavelmente incrédula, nem cogito mais a possibilidade de questionar, me contento com o cumprimento de minhas tarefas.
Porém, confesso que a existência de tal artefato ou a volta do diálogo facilitaria bastante a convivência em grupo, fazer uma expedição de caça ao tesouro é uma hipótese inviável, mas talvez no próximo período consigamos recuperar a habilidade de dialogar e com isso o prazer de estarmos juntos.